quinta-feira, 14 de junho de 2012

Branca de Neve e o caçador - nova versão do clássico infantil


A história todo mundo conhece. Todo mundo meeeesmo! Branca de neve e os sete anões é uma das principais histórias infantis. Depois que, em 1939, a Disney escolheu esse conto para lançar sua primeira animação em longa metragem, a popularidade da história só fez aumentar e aumentar. 
Todo mundo sabe, também, que esses contos de fadas não são tão inocentes quanto parecem. Quando crianças, não nos damos conta exatamente de tudo o que está acontecendo e vários fatos acabam passando despercebidos. Contos de fada são histórias infantis, de fato, mas não são tão ingênuas assim. São repletas de traição, violência, sedução, ódio, vingança e por aí vai. Sendo assim, não são tão bobinhas quanto parecem.

A moda do momento é justamente recriar essas histórias, dando a tonalidade mais séria que elas possuem e que foram, por muito tempo, disfarçadas. Sendo assim, não são exatamente filmes para crianças.
Com Branca de Neve e o caçador não é diferente. Aqui temos a história clássica da menininha, branca como a neve e de lábios vermelhos como sangue, que tem que fugir de uma rainha feiticeira que faz de tudo pelo poder e pela juventude e beleza eternas, tendo a ajuda dos clássicos sete anões, da natureza em si, do príncipe William e do coitado do caçador. Então, é basicamente isso, porém, de um ponto de vista diferencial. O visual do filme é muito mais sério, a história é bem mais violenta e em vez de um ar infantil ele possui um ar meio sombrio. Se formos analisar a história de Branca de neve e os sete anões, dá pra ver que tem sequências que são praticamente de terror infantil, até mesmo no filme da Disney com aquelas paradas bizarras de “traga o coração dela” e da floresta assassina e da rainha descontrolada. Em Branca de Neve e o caçador há uma tentativa de intensificar ainda mais esse lado “dark” da história. Não dá muito certo porque não tem como alguém se assustar com aquilo, pelo menos não a grande maioria do público alvo do longa. Talvez crianças possam ficar meio tensas com algumas partes, mas nada fora do normal.
O filme traz algumas novidades na história (não tem graça contar) mas não esperem ver a mesma coisa do filme de Walt Disney com a rainha má morrendo por cair de um penhasco. Não só a rainha má é muito diferente. Todas as personagens o são. A Branca de Neve não é tão passiva e inocente assim, aqui ela luta e muito para sobreviver e tomar seu lugar, literalmente liderando as massas. O príncipe encantado, William, e o caçador também são diferentes da história a qual estamos acostumados, sem falar na rainha que ganhou uma complexidade muito maior. 
Grande mérito do filme: efeitos. Curti muito os efeitos, são muito bem feitos. Se as cenas que eram pra ser mais...assustadoras não dão certo, são válidas por causa dos efeitos especiais muito legais. O filme também tem muito de ação. Com sequências, inclusive, no maior estilo “batalha épica”, com espadas, arcos e flechas, armaduras, cavalaria e tudo que o gênero tem direito.
Kristen Stewart (sim, ela mesmo) lidera o elenco como a protagonista. Não sou nenhum fã da atriz, mas acho que ela merece uma chance. Não dá pra medir talento de ator nenhum com aquela saga tosca onde ela parece que vai dormir de tédio a cada cena. Em Branca, ela já está melhor. Sendo assim...veremos no que vai dar a carreira da atriz. Chris Hemsworth é o Caçador e eu não vejo nada demais nele. Nem aqui nem como Thor. Por fim, mas não menos importante, Charlize Theron é a rainha maléfica e bizarra. Essa sim é uma atriz de verdade. Ok, não é das melhores coisas que ela fez, mas dá pra levar – assim como o filme em si.

por Lucas Moura


Obs: para pessoas com a mente bem fértil e maldosa, o filme pode ser hilário. Eu, por exemplo, tive boas crises de riso. (Luis F. Passos)

Um comentário:

  1. Maravilha de texto!! Sou superfã de vc's!! Um arrasooo!! =***

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