domingo, 11 de setembro de 2011

As mil e uma noites

11 de setembro, luto pelas vítimas, babaquice de soberania americana, teorias conspiratórias, isso tem todo ano. Mas o que nunca falam o que há no Oriente Médio, além dos fanáticos religiosos muçulmanos: uma cultura riquíssima desenvolvida pelos seguidores do profeta Maomé. Na Idade Média, enquanto a Europa vivia num atraso científico, os árabes estavam a pleno vapor, por exemplo na medicina,astronomia, matemática e literatura. E quando se fala em literatura árabe, a gente lembra logo das Mil e uma noites.
O pontapé inicial é bem conhecido: um rei persa chamado Shariar, depois de ser traído por sua primeira esposa,  manda matá-la e passa a odiar as mulheres, vingando-se através de um jeito bem perverso: casava-se todos os dias (aproveitava a noite), e na manhã seguinte matava as esposas. Até que uma jovem esperta chamada Sherazade (depois de aproveitar a noite), sabendo o que esperava por ela na manhã seguinte, pediu permissão ao rei para lhe contar uma história. O rei consentiu, e ela iniciou uma narração, parando no meio da história e prometendo continuar na noite seguinte. Shariar, que aparentemente não teve infância e se encantou pela história, acatou Sherazade e esperou o final do conto. A rainha foi se aproveitando da curiosidade do marido, e sempre que acabava uma história, começava outra, sempre preocupada em salvar o próprio pescoço. 
Mas como eu disse, as histórias eram contadas antes de dormir, depois que o casal se entendia (er...). Assim, Shariar e Sherazade deixaram de ser estranhos um para o outro, foram se conhecendo melhor e acabaram se apaixonando. A rainha contou histórias durante mil e uma noites até que Shariar prometesse poupar sua vida. A doença (mental) do rei foi curada, e ele deixou de ser um homem amargo, e eles viveram felizes para sempre. Ou então felizes até que Shariar resolveu ter um harém, hehe.
As mil e uma noites são uma coletânea de histórias árabes e hindus que existiam há muito tempo, e foram reunidas em árabe a partir do século IX. Já no século XVIII foram trazidas para o ocidente pelo francês Antoine Galland; as histórias ganharam grande repercussão e devido ao seu valor literário e cultural, se tornou um clássico mundial.
Entre as histórias mais conhecidas estão Aladim, Ali Babá e os quarenta ladrões e Simbad, o marujo.

ps: pra matar as saudades de Osama, uma musiquinha pro barbudo.

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